Os pastéis se tornaram populares no Brasil a partir da II Guerra Mundial, quando os japoneses, para se livrar da discriminação existente na época, em razão da aliança com os alemães e italianos, abriram diversas pastelarias no país no intuito de se passarem por chineses, que já exploravam esse mercado. O produto, segundo os pesquisadores, tem a sua origem ligada aos rolinhos primavera chineses. De acordo com a história, os jesuítas que acompanhavam os navegadores portugueses ao Oriente, no início do milênio, se entrosaram com os chineses e trouxeram secretamente a receita dos rolinhos nas caravelas de regresso a Portugal, porém mudaram os ingredientes e transformaram em doce feito com ovos e recheio de amêndoas.

Até hoje em Portugal, pastelaria significa doceira e segundo consta, as monjas portuguesas foram as responsáveis pelo formato meia-lua dos pastéis. Por volta de 1890, com a criação das primeiras pensões familiares e dos armazéns de secos e molhados, começaram a surgir as pastelarias chinesas, que tiveram que adaptar suas receitas às matérias-primas disponíveis no Brasil. A culinária chinesa, ao passar dos anos foi se adaptando ao território nacional e sofreu modificações para se adaptar ao paladar dos brasileiros.Um exemplo foi a carne suína, muito consumida na China, que foi substituída pela carne bovina. Outra modificação foi a adesão à fritura, já que os chineses preferiam pratos refogados ou no vapor. Tanto que enquanto no Brasil comem-se pastéis fritos, na China eles são cozidos.